A História da Arte revela as variadas maneiras de se interpretar o mundo e o ser humano ao longo do tempo.
Antropólogos, arqueólogos, historiadores, filósofos, linguistas e outros tantos pesquisadores tentam, desde muito tempo, desvendar as origens da humanidade, isto é, as raízes da passagem do mero hominídeo primitivo ao homem propriamente dito, o Homo sapiens. A despeito das conclusões dessas pesquisas, uma coisa permanece como fato: ao aparecimento do homem (entenda-se: da humanidade) está diretamente associado o aparecimento das formas simbólicas, isto é, da religião, da língua e da arte.
A história de cada uma dessas formas simbólicas, sobretudo a história da arte, consiste em um conjunto de depoimentos sobre a própria origem e evolução do ser humano – uma coisa não se dissocia da outra. É por isso que a história da arte geralmente é organizada em períodos que acompanham o próprio desenvolvimento das civilizações.
Nesse sentido, as pinturas rupestres, encontradas em sítios arqueológicos em todos os continentes do planeta, constituem as primeiras formas de expressão artística do homem pré-histórico. Ao lado das pinturas rupestres, certos tipos de esculturas primitivas também depõem sobre o modo como esses homens compreendiam o cosmos, a natureza e as relações estabelecidas entre o grupo, certamente fundamentadas em rituais religiosos com presença de sacrifício.
Entre as grandes civilizações da Antiguidade (na Europa, Médio-Oriente, África, Ásia Menor ou no Extremo Oriente), a arte teve um desenvolvimento plástico (isto é, um desenvolvimento formal, de apuração técnica) extraordinário. Cada um desses desenvolvimentos expressava a organicidade da forma artística com a cultura daqueles povos (gregos, romanos, hindus ou africanos, chineses, egípcios ou mesopotâmicos). A representação pictórica de formas humanas em perfil é singularmente egípcia, enquanto as esculturas em pedra feitas com precisão formal e anatômica são singularmente greco-romanas.
Na Idade Média, com a riqueza da mistura cultural de muçulmanos, cristãos, germânicos e outros tantos povos, a arte floresceu em muitos aspectos, desde a tapeçaria persa muçulmana até as catedrais e pinturas góticas, passando pelas pinturas bizantinas e pelas mesquitas islâmicas. Na transição da Idade Média para a Idade Moderna, precisamente entre os séculos XIV e XV, houve uma explosão de renovação artística que culminou na Arte Renascentista, cujo triunfo ocorreu na Itália do século XVI.
Os estilos que sucedem à Arte Renascentista, como o Rococó e o Barroco, também produziram obras-primas perenes. E a eles se seguiram outras escolas, como o Esteticismo, o Impressionismo, o Romantismo, o Realismo e o Expressionismo, que vigoraram até o fim do século XIX. As primeiras décadas do século XX foram marcadas pelas vanguardas artísticas, cuja inspiração emanava das culturas primitivas, estudadas por antropólogos da época, e de teorias referentes à psiquê humana, como a Psicanálise. O surrealismo, o dadaísmo, o cubismo, a Arte Moderna em geral, cujos reflexos são percebidos até hoje, foram os carros-chefes da arte praticada no século XX.
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Matéria retirada do site mundoeducacao.bol.uol.com.br