Os looks mais marcantes de Yves Saint Laurent

Há dez anos, o mundo da moda ficava de luto pela morte de Yves Saint Laurent, um dos estilistas mais importantes da história.

Líder de uma revolução que mudou os rumos da indústria no final dos anos 60 ao proclamar “A Bas Le Ritz, vive la rue!” (“Abaixo o Ritz, viva a rua!”) numa era em que, pela primeira vez, a roupa não era usada por uma geração para sinalizar status social e sim para mostrar-se antenado com a atualidade, Saint Laurent mudou os rumos da moda diversas vezes ao longo de sua carreira, como quando abraçou a androginia ou quando escalava modelos negras para suas passarelas e campanhas. Ou ainda quando ajudou a criar e popularizar o conceito do prêt-à-porter.

Sempre foi impossível imaginar a moda sem Yves Saint Laurent, mas dez anos após sua morte, seu legado prova-se mais vivo e relevante do que nunca, provando que Saint Laurent segue tão presente no meio, especialmente num momento em que tanto se fala do poder das ruas e das grandes grifes dobrando-se ao streetwear.
Para marcar essa primeira década sem Yves Saint Laurent e celebrar sua história, Vogue Brasil relembra os looks mais icônicos de sua carreira.

O vestido Mondrian
Lançado em 1965, o modelo trapézio tornou-se um ícone da moda dos anos 60, capturando a revolução cultural daquela década. A peça posteriormente foi copiada por diversas marcas que vendiam modelos similares a uma fração do preço (exatamente como vemos acontecer tanto hoje em dia).

 

Le Smoking

Em 1966, Saint Laurent lançou seu clássico Le Smoking, um verdadeiro grito de liberdada para as mulheres, explorando a androginia e expandindo o conceito de sensualidade feminina. Foi em 1975, em uma foto de Helmut Newton para a Vogue, que o smoking da YSL entrou para a história, e desde então é produzido pela casa em diversas versões, porém usando sempre o mesmo tecido. Abaixo, uma evolução do modelo, o costume risca-de-giz.

A saharienne
Lançada em 1967, a jaqueta safari de Saint Laurent é uma das peças que usa referências do guarda-roupas masculino, com um toque sexy dado pelas amarrações, tornando-se sucesso imediato.

Os vestidos transparentes de 1968
Deixando os seios a mostra, os vestidos transparentes de Yves Saint Laurent foram mais um hit do estilista com os jovens da época, sendo a primeira versão dos tão famosos naked dresses de hoje em dia.

 

A coleção de alta-costura de verão 1971
Em 1971, Yves Saint Laurent escandalizou a moda mais uma vez com uma coleção que apelava às ruas e a juventude, levando o então “streetwear” para a alta-costura: ombros exagerados, casacos de pele coloridos, sapatos de plataforma e a tão clássica estampa de boquinhas foram lançadas nesse desfile, que modernizou a indústria e serve como referência até hoje

 

A coleção Óperas – Ballet Russe, de 1976
Saint Laurent sempre foi rápido em apontar a coleção como a favorita de toda a sua carreira: “Talvez não tenha sido a mais bem sucedida, mas foi incrivelmente bem recebida em uma época em que o mundo condenava a opulência. E ela era opulenta”.

Vestidos com laços, babados e cintos marcando a cintura em looks de festa
Saint Laurent é apontado por muitos como o padrinho do laço na moda: suas criações de festa – dos curtinhos aos longos de gala – eram sempre pontuadas por laços, que podiam ser pequenos ou grandes, ou ainda estilizados em um modelo de ombro só. Babados e cintos marcando a cintura também são clássicos de Saint Laurent. Foi justamente essa estética de sua carreira que inspirou Hedi Slimane em seu desfile de despedida da marca, em 2016.

Tons de pedras preciosas
Outra característica de seus looks eram os tons intensos de pedras preciosas, remetendo a gemas como esmeralda, rubi e safira, que tingiam looks por inteiro ou eram combinados entre si em uma mesma peça.

 

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Técnico de Produção de Moda

 

Matéria retirada do site: vogue.globo.com

6 de junho de 2018
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